Petróleo dribla dólar forte e fecha em alta, apoiado por sinais de oferta e demanda
Nessa última segunda-feira, 5, os contratos futuros de petróleo fecharam em alta, em meio à junção de temores causados pelas tensões geopolíticas com os sinais de resiliência da economia dos EUA.
O cenário se sobrepôs à escalada do dólar no exterior, diante da expectativa por um Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mais cauteloso no processo de relaxamento monetário.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI para março encerrou a sessão com ganho de 0,69% (o equivalente a US$ 0,50), a US$ 72,78. Na Intercontinental Exchange (ICE), o do Brent para abril subiu 0,85% (ou US$ 0,66), a US$ 77,99 por barril.
Em entrevista veiculada no domingo à noite na rede americana CBS, o presidente do Fed, Jerome Powell, reforçou a expectativa por três cortes de juros este ano e afastou as chances de uma redução em março. Os comentários induziram uma postura defensiva nos mercados, que se traduziu em avanço generalizado do dólar.
A tendência no câmbio pesou sobre as commodities no geral, mas o petróleo encontrou espaço para recuperação no começo da tarde.
Para a Fitch, o prêmio geopolítico deve continuar a influenciar os preços ao longo deste ano, mas os prospectos econômicos globais em algum ponto vão ter uma piora, o que limitará o rali de commodities.
“O crescimento da demanda global de matérias-primas, incluindo petróleo, cobre e alumínio, deverá enfraquecer em 2024, devido ao crescimento econômico global e à previsão de crescimento do PIB da China de menos de 5%, à medida que o seu mercado imobiliário luta para se estabilizar”, prevê a agência.
Fonte: InfoMoney
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